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A melhor realidade é sim para os sonhadores.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Resoluções de Ano Novo

Se me aventurei por lugares onde nunca tinha pisado, se falei com pessoas cujos rostos nunca havia visto, se esperei o potencial virar real, de 2011, eu quero mais.
Ou menos. Depende do que seja.

Quero mais certezas, menos opções. Logo, menos dúvida. Mais convicção.
Quero menos ansiedade. Menos brutalidade. Mais força. Menos sensibilidade. Mais paciência. Menos inércia. Mais agilidade. Menos velocidade. Mais cautela. Menos medo. Mais equilíbrio. Sempre intensidade.

Quero mais trabalho. Menos intransigência. Mais parceria. Menos arrogância. Mais liberdade. Menos hipocrisia. Mais responsabilidade. Menos imposição. Mais conquista. Mais respeito. Mais cumplicidade. Menos invasão. Mais competência. Mais experiência. Menos reclamação. Mais dinamismo.

Quero mais confiança. Nenhuma mentira. Nenhuma exceção. 
Quero mais disciplina. Menos insegurança. Mais bom humor. Toda a graça.
Quero aprender boxe. Fazer sushi. Ir pro exterior. Reconhecer sotaques.
Quero um carro. Uma célula. Um amor.

Quero organizar. Meus arquivos. O guarda-roupa. Meu coração.
Quero ver o nascer e o por do sol. A lua cheia. Cahoeira e mar.
Quero poupar. Dinheiro. Tempo. Lágrimas.
Quero falar idiomas novos. Me adaptar às mudanças de clima.
Quero fazer ponte aérea como quem faz baldeação em SP.

Quero pegar sol até mudar de cor e dançar na chuva sem preocupação.
Quero não titubear. Não gaguejar. Não ter os dois pés atrás.
Quero chorar junto e continuar a rir sozinha. Enquanto houver paredes.
Quero a razão de Salomão e o coração de Davi.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Minha Casa, modelo 2011

Em 2011, quero ser a casa do tamanho ideal. Que me caiba, que receba as visitas, que hospede os amigos e onde habite o Espírito. Pra sempre. Decidi não ser uma casa na montanha. Seria, se fosse uma condição para estar perto do Altíssimo. Mas não é. Ficar isolada, não ter acesso facilitado, me tornar ausente dos outros: não. Decidi não ser casa de praia. Elas são agradáveis e atraentes, mas não para uma vida toda. São para o fim de semana, para as férias. Para a diversão, pro descanso.
Decidi ser uma casa de bairro. De condomínio. Daquela ao alcance dos vizinhos que precisarem de uma xícara de açúcar. Portas abertas a quem procurar alento, palavra ou doçura. Mas segura o suficiente para evitar os ladrões. Os que quiserem roubar a paz ou a alegria. Destes, proteção garantida.
Em 2011, quero arrumar a casa. Quero rasgar os papeis e tudo o que eu insisto em amontoar dentro do quarto ou nos armários. Quero que o essencial esteja à mão e eu o supérfluo fique onde deve: no lixo. Quero que tudo esteja no lugar antes que cheguem. Por isso, os detalhes serão vistos e revistos.
Espero ter uma mesa farta, sempre posta e a ceia, servida. Que não falte o Pão da vida, azeite e vinho – unção e alegria do Senhor. Quero dedicar tempo ao meu lar. Lavar as roupas, limpar os cômodos, personalizar tudo. Organizar. Não quero ser pega de surpresa. A lamparina estará cheia de azeite. Pra que não falte luz. E pra que o noivo possa me achar pronta.
As cores terão harmonia. A decoração, irretocável. Haverá redes na varanda. É o espaço dos sonhos, das reflexões e da liberdade. Mas também um escritório: é a sala do planejamento, do estudo, da razão e dos pés no chão. O que abolimos deste projeto em construção foi a falta de medida. O desequilíbrio. Aqui, o que importa é que haja simetria. Correspondência e coerência.
Como dizia Shakespeare e há uns anos uma amiga querida me aconselhou: “Plante seu jardim, decore sua alma, ao invés de ficar esperando que lhe tragam flores”. Desejo que a minha casa tenha um belo jardim, cuidado e regado diariamente, pra que haja sempre flores perfumadas a serem entregues de presente a quem aparecer por aqui. Por mim.