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sábado, 7 de agosto de 2010

À Paulista

Estive em São Paulo na semana passada para o Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji, sobre o qual inclusive pretendo comentar por aqui brevemente. Mas antes, não poderia deixar de compartilhar com vocês o conhecimento precioso que angariei por lá. Segue uma lista do que pude extrair dos usos e costumes dos mano e das mina paulistano. Espero que – como eu – vocês se divirtam.

Aprendi em São Paulo que:

- poRco é trissílaba, já que o R se pronuncia sozinho, né, galera palmeirense?

- Se dribla metrô cheio dobrando/multiplicando o número de baldeações.

- Torres de rádio e TV nada mais são que placas gigantes de sinalização.

- Pode-se lembrar do Galvão não somente no Twitter, mas dando o nome dele a uma rua na Liberdade, contanto que a pretensa “liberdade de expressão” oral dele seja esquecida.

- Não se deve reclamar de engarrafamento no trânsito convencional quando não se conhece a festa da padroeira italiana-paulista – no Bixiga-, que parece querer os devotos literalmente “concentrados” diante dela, sem dar um passo, por horas. É praticamente ferir o direito de ir e vir.

- Japonês enrola até pra fazer sushi.

- O Paraíso vem depois da Consolação.

- Chamar alguém de são-paulino é xingamento [isso eu já sabia, mas constatei].

- Jardinagem é a profissão do futuro: salário mínimo de R$5 mil e ainda te ensinam a plantar. Será que o grande lance é a semelhança dos verdes ou será que dinheiro dá mesmo em árvores?

- Se deve comemorar ao perder a mala e confiar que, num futuro próximo, a recompensa valerá a pena.

- ir vestido a caráter para o estádio não quer dizer encarar os torcedores rivais com a paixão estampada no próprio peito. Camisa em dia de jogo é praticamente mortal. É uma espécie de amor secreto, revelado só na segurança dos parceiros.

- Ser “Mano” não é um privilégio do técnico da Seleça. É um estágio coletivo de tratamento entre a irmandade paulistana. E, pelo visto, a moda vai pegar. Não sei porquê, mas algo me diz que todo brasileiro vai adotar o apelido.

- Plural não existe. É uma coisa sem sentido que algum desocupado inventou pra complicar a vida. Possivelmente, a forma, digamos, “compilada” de se falar por lá seja uma “herança” da desenvolvida e preguiçosa cultura norte-americana.

- Se fica na fila de espera para receber dinheiro tanto quanto para gastá-lo. No banco, para pegar, e numa pizzaria, por exemplo, pra entregar.

- Um sanduíche de mortadela pode ser mais caro que um pastel de bacalhau. Definitivamente, tudo é relativo: depende do tamanho da Fo[A]Me[A].