Estive em São Paulo na semana passada para o Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji, sobre o qual inclusive pretendo comentar por aqui brevemente. Mas antes, não poderia deixar de compartilhar com vocês o conhecimento precioso que angariei por lá. Segue uma lista do que pude extrair dos usos e costumes dos mano e das mina paulistano. Espero que – como eu – vocês se divirtam.
Aprendi em São Paulo que:
- poRco é trissílaba, já que o R se pronuncia sozinho, né, galera palmeirense?
- Se dribla metrô cheio dobrando/multiplicando o número de baldeações.
- Torres de rádio e TV nada mais são que placas gigantes de sinalização.
- Pode-se lembrar do Galvão não somente no Twitter, mas dando o nome dele a uma rua na Liberdade, contanto que a pretensa “liberdade de expressão” oral dele seja esquecida.
- Não se deve reclamar de engarrafamento no trânsito convencional quando não se conhece a festa da padroeira italiana-paulista – no Bixiga-, que parece querer os devotos literalmente “concentrados” diante dela, sem dar um passo, por horas. É praticamente ferir o direito de ir e vir.
- Japonês enrola até pra fazer sushi.
- O Paraíso vem depois da Consolação.
- Chamar alguém de são-paulino é xingamento [isso eu já sabia, mas constatei].
- Jardinagem é a profissão do futuro: salário mínimo de R$5 mil e ainda te ensinam a plantar. Será que o grande lance é a semelhança dos verdes ou será que dinheiro dá mesmo em árvores?
- Se deve comemorar ao perder a mala e confiar que, num futuro próximo, a recompensa valerá a pena.
- ir vestido a caráter para o estádio não quer dizer encarar os torcedores rivais com a paixão estampada no próprio peito. Camisa em dia de jogo é praticamente mortal. É uma espécie de amor secreto, revelado só na segurança dos parceiros.
- Ser “Mano” não é um privilégio do técnico da Seleça. É um estágio coletivo de tratamento entre a irmandade paulistana. E, pelo visto, a moda vai pegar. Não sei porquê, mas algo me diz que todo brasileiro vai adotar o apelido.
- Plural não existe. É uma coisa sem sentido que algum desocupado inventou pra complicar a vida. Possivelmente, a forma, digamos, “compilada” de se falar por lá seja uma “herança” da desenvolvida e preguiçosa cultura norte-americana.
- Se fica na fila de espera para receber dinheiro tanto quanto para gastá-lo. No banco, para pegar, e numa pizzaria, por exemplo, pra entregar.
- Um sanduíche de mortadela pode ser mais caro que um pastel de bacalhau. Definitivamente, tudo é relativo: depende do tamanho da Fo[A]Me[A].
"O Paraíso vem depois da Consolação"
ResponderExcluirna verdade, o Paraíso vem antes da Consolação! no sentido bairro, é claro. é que é mais comum ir sentido consolação do que o contrário. heheh
e ah pô
plural existe sim
é questão de quem você se comunicou.
mas é lindo tudo aqui.
volte sempre! a gente te leva pra passear!
abraços!!
Senti uma necessidade imensa de escrever aqui algumas considerações. Eu P R E C I S O falar alguma coisa diante de tamanha identificação com o contexto.
ResponderExcluirVou acrescentar mais alguns itens na tua criativa e hilariante listinha, posso?
- Sabe o que significa faixa de pedestre em São Paulo? Corre!! Se não tu morres!
- Para quem não nasceu de parto normal, pode ter a experiência de ser "parido" tentando sair [ou entrar] do metrô na hora do rush.
- Uma questão que necessita de investigação científica: como as pessoas que dormem no metrô durante todo o percurso acordam justamente na estação que devem descer? [sem nenhum aviso sonoro]
- Beijinhos ao chegar, beijinhos ao sair. Sempre de um lado só;
- Cajú é uma fruta exótica do nordeste; Doce de cajú é uma iguaria;
- Eles riem de vc quando diz: "Suco de bacurí é uma delícia". Eles pensam que vc está dizendo: "Suco de criancinha é uma delícia"...
- Viver no interior de São Paulo é uma experiência "vocabulística" interessante:
*Carriola: carro de mão;
*Baiano: pessoa preguiçosa [preconceito ridículo]
*veio pra mim: ficar menstruada;
*pousar na casa de alguem: dormir na casa de alguem;
*Nú!: Nossa!
*Nó!: Nossa!
*Então: palavra que pode ser colocada, no início, no fim ou no meio de uma frase; [sem tradução]
*Porrrta, porrrrteira, porrrrtão: vocabulário obrigatório p/ quem passa por aqui mais de 2 anos....
Acho que por hoje é só! Assim que lembrar de mais venho aqui "atualizar" [não vou resistir].
Bjinho [De um lado só, como um bom paulistano]
'Intãoo', [que tu já incorporaste bem], o melhoooor é a busca incessante que a gente precisa levantar a respeito do sono no metrô e o despertar certeiro. Precisamos começar a levantar hipóteses...mas a tua lista tá melhor que a minha, pow...tu queres bagunçar, Lívia?! Haha
ResponderExcluirBeijo de um lado só. =p
Adoooro! Realmente, ri pacas!
ResponderExcluirE digo(constatação de um #fato): ficava descontrolada qndo alguém dizia p/ eu ir cuidar das plantinhas, já que faço biologia, e dizia logo: "não sou jardineira"! Agora, sinto que posso ser, considerando o fato de que posso ganhar 5 mil no mínimo!
Beijo [o meu é maranhense, e com um abração daqueeeles! haha]
Meninas adorei!!!
ResponderExcluirRachei os bico!!! [isso vcs a sabem o qu é!!!]
So lembrei do meu tempo de adaptação...
E Carol não fala de Livia que logo logo tu esta falando como os candangos... kkkk
Bjão amo vcs!!!!